O conceito de economia solidária pode gerar diversas dúvidas sobre a sua aplicação. Não é somente a preocupação ambiental que faz parte desse modelo. Ele engloba outros aspectos do bem-estar social.
Quer entender melhor como funciona a economia solidária? Continue a leitura, que explicamos tudo o que você precisa saber!
A economia solidária é um conceito que aparece desde o século XIX, com as revoltas dos trabalhadores desse período. Depois, ela foi resgatada se unindo aos ideais do cooperativismo e atualmente pode ser vista como um movimento que compõe o terceiro setor. Ela se caracteriza como uma maneira inovadora e sustentável de comercializar produtos e serviços na sociedade.
Para simplificar, podemos pensar a economia solidária apoiada em 5 pilares:
São os colaboradores e participantes da organização que tomam a frente nos projetos. Eles são os protagonistas. Então, mesmo que haja orientação externa – assessoria, por exemplo –, as decisões devem partir sempre de dentro.
Aqueles que participam da organização devem cooperar entre si, ou seja, expor e acatar ideias, bem como partilhar as responsabilidades. É a união entre eles que gera os resultados esperados.
Esse pilar pode estar em toda a estrutura da organização, desde a situação igualitária e o respeito entre os participantes até a finalidade dos projetos, que visam ao desenvolvimento sustentável e social.
Como já comentamos, o desenvolvimento sustentável na economia solidária é essencial. É esse propósito que nos leva além dos objetivos já estabelecidos — como crescimento econômico e acúmulo de patrimônio — e nos direciona para um futuro mais consciente a respeito do consumo e dos impactos ambientais.
As pessoas têm ponto de destaque na economia solidária, tanto os membros da organização quanto os da sociedade. E tudo deve ser pensado considerando os impactos causados na sociedade. Além disso, a economia solidária traz a ideia de lucro dividido, em que todos lideram e recebem remuneração por suas ações.
Agora que você já entende melhor os pilares da economia solidária, é o momento de saber quais são as vantagens que ela possui. Como estamos falando de algo que envolve a comunidade e a solidariedade, fica bem evidente que o bem-estar social é um dos motivadores da economia solidária.
Pensando nisso, a primeira vantagem é justamente como os interesses dos participantes da organização são considerados. Dessa forma, é possível se envolver na vida comunitária e entender melhor quais são os problemas que existem ali. Entender a raiz do problema é o primeiro passo para encontrar a solução.
Envolver as pessoas também traz outra vantagem: a inclusão social. A sociedade é formada por um conjunto de diferenças, o que, muitas vezes, é um impedimento quando pensamos no sistema atual econômico. Por isso, a economia solidária acaba tendo papel importante de incluir e empregar essas pessoas.
Outro ponto que se relaciona é a preservação da cultura regional. Por ser impulsionada pelos interesses das pessoas, não há como separar os princípios e valores que fazem parte delas. Ou seja, tudo que constrói a identidade da comunidade é também aplicado no dia a dia do trabalho.
Trabalho esse que movimenta a economia e estimula o comércio local, já que os produtos e serviços oferecidos são provenientes das pessoas que fazem parte da comunidade. E isso gera um senso de união ainda maior.
Por fim, e de extrema importância para a economia solidária, temos a promoção da sustentabilidade. As iniciativas e projetos oriundos das comunidades têm, na maioria das vezes, um viés de consumo consciente. Além disso, causam impacto ambiental muito inferior se comparado ao de grandes organizações.
A economia solidária pode parecer um conceito bem distante do nosso dia a dia, mas não é bem assim. Na verdade, podemos encontrar diversos exemplos de aplicação para que você também faça a sua parte.
Um dos exemplos mais fáceis de encontrar são os pequenos e médios produtores de alimentos orgânicos. Eles são mais comuns no interior do Brasil, mas nas grandes cidades já é possível encontrar inciativas bem legais que envolvem essa categoria de comércio. Por exemplo: aplicativos que conectam pessoas e comerciantes e fazem o delivery de produtos orgânicos.
Ao comprar nesses locais, além de consumir um alimento mais saudável e livre de agrotóxicos, você também incentiva o comércio local e a agricultura familiar.
Outro exemplo são as cooperativas de reciclagem. Elas fazem um trabalho bem interessante de coletar o lixo gerado e transformar em algo positivo, gerando emprego e movimentando a economia. Há também as feiras de artesanato, que incentivam o comércio local e geram renda para os moradores.
Centros de tecnologia, cooperativas de coleta seletiva, associação de catadores são outros exemplos de economia solidária aplicada na prática. Fique de olho nos eventos e nas iniciativas que acontecem na sua cidade, pois em diversos municípios existem recursos dedicados à economia solidária e que promovem o desenvolvimento da região.
Além disso, no Fórum Brasileiro de Economia Solidária, você encontra notícias sobre o assunto, novidades sobre esse movimento, bem como os dados de contato do fórum de cada estado para buscar informações mais específicas.
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