Hoje mais do que nunca as grandes metrópoles estão definindo o futuro do planeta. São nelas que se concentram a produção material de riqueza, o planejamento para acomodar grandes grupos de pessoas, as tomadas de decisões e consequentemente os impactos dessas decisões no mundo. Segundo as Nações Unidas, a projeção é que até 2050, 70% da população esteja vivendo em grandes cidades.
Com essa perspectiva, é necessário que sejam feitos planejamentos mais racionais e pensados a longo prazo, para abrigar toda essa população. Segundo o relatório do banco mundial, 80% da energia consumida no mundo vem das 20 maiores economias do planeta, e consequentemente a emissão de carbono vem acompanhada, já que a maior parte é produzida por carvão e gás mineral.
Como podemos desenvolver uma estrutura para gerar energia elétrica, que seja econômica e mantenha a nossa qualidade de vida, reduzindo radicalmente o impacto no meio ambiente? Se a tendência é crescer cada vez mais, precisamos urgentemente incentivar produções mais sustentáveis, usando fontes de energia limpa e renovável, já que o que é usado hoje são recursos limitados que um dia vai acabar. A balança está desequilibrada.
Podem haver muitas respostas que ainda estão para ser descobertas, mas uma que já está sendo implementada e mostrando ótimos resultados é a produção de energia elétrica fotovoltaica, usando a luz do sol como fonte. Utiliza-se de um recurso quase inesgotável, além de ser bem barato a longo prazo. É sustentável em todos os sentidos. Muitos especialistas acreditam no potencial benéfico da produção local de energia, por ter capacidade de melhorar as vulnerabilidades dos sistemas de energia elétrica. Isso já está acontecendo no mundo todo e também no Brasil, com sistemas chamados de geração distribuída, que fornece localmente imóveis da região a partir de um único ponto de produção.
A questão do consumo de energia no mundo é um pilar muito importante a ser pensado no desenvolvimento de projetos, já que hoje causa um impacto ambiental muito grande e é um produto que não tem como deixar de ser consumido. Além da mudança da produção na fonte, existem muitos projetos que estão sendo implementados refletindo em cima desse problema. Em Amsterdam, por exemplo, existem postes de luz que funcionam a partir de sensores, quando passa muita gente a intensidade aumenta e quando está vazio a luz automaticamente fica fraca. Isso é uma maneira de racionalizar o uso e além disso os postes são alimentados por fontes renováveis de energia, como a solar e a eólica.
O uso de carros elétricos, importante no processo de descarboxilação do planeta, tem um início muito recente, mas a perspectiva é que nos próximos anos seja usado cada vez mais. A estimativa é que até 2030 a frota de carros elétricos representem 16% do total.
Além dos exemplos citados, existem vários outros projetos relacionados a essa questão e a ideia é que existam cada vez mais. Grande parte da nossa qualidade de vida está relacionada com o uso de energia elétrica e para melhorá-la só depende de nós incentivarmos e colaborarmos em construir projetos como os dos exemplos acima.