O conceito de economia solidária pode gerar diversas dúvidas sobre a sua aplicação. Não é somente a preocupação ambiental que faz parte desse modelo. Ele engloba outros aspectos do bem-estar social.
Quer entender melhor como funciona a economia solidária? Continue a leitura, que explicamos tudo o que você precisa saber!
O que é a economia solidária?
A economia solidária é um conceito que aparece desde o século XIX, com as revoltas dos trabalhadores desse período. Depois, ela foi resgatada se unindo aos ideais do cooperativismo e atualmente pode ser vista como um movimento que compõe o terceiro setor. Ela se caracteriza como uma maneira inovadora e sustentável de comercializar produtos e serviços na sociedade.
Para simplificar, podemos pensar a economia solidária apoiada em 5 pilares:
1. Autogestão
São os colaboradores e participantes da organização que tomam a frente nos projetos. Eles são os protagonistas. Então, mesmo que haja orientação externa – assessoria, por exemplo –, as decisões devem partir sempre de dentro.
2. Cooperação
Aqueles que participam da organização devem cooperar entre si, ou seja, expor e acatar ideias, bem como partilhar as responsabilidades. É a união entre eles que gera os resultados esperados.
3. Solidariedade
Esse pilar pode estar em toda a estrutura da organização, desde a situação igualitária e o respeito entre os participantes até a finalidade dos projetos, que visam ao desenvolvimento sustentável e social.
4. Desenvolvimento
Como já comentamos, o desenvolvimento sustentável na economia solidária é essencial. É esse propósito que nos leva além dos objetivos já estabelecidos — como crescimento econômico e acúmulo de patrimônio — e nos direciona para um futuro mais consciente a respeito do consumo e dos impactos ambientais.
5. Valorização
As pessoas têm ponto de destaque na economia solidária, tanto os membros da organização quanto os da sociedade. E tudo deve ser pensado considerando os impactos causados na sociedade. Além disso, a economia solidária traz a ideia de lucro dividido, em que todos lideram e recebem remuneração por suas ações.
Quais são as vantagens?
Agora que você já entende melhor os pilares da economia solidária, é o momento de saber quais são as vantagens que ela possui. Como estamos falando de algo que envolve a comunidade e a solidariedade, fica bem evidente que o bem-estar social é um dos motivadores da economia solidária.
Pensando nisso, a primeira vantagem é justamente como os interesses dos participantes da organização são considerados. Dessa forma, é possível se envolver na vida comunitária e entender melhor quais são os problemas que existem ali. Entender a raiz do problema é o primeiro passo para encontrar a solução.
Envolver as pessoas também traz outra vantagem: a inclusão social. A sociedade é formada por um conjunto de diferenças, o que, muitas vezes, é um impedimento quando pensamos no sistema atual econômico. Por isso, a economia solidária acaba tendo papel importante de incluir e empregar essas pessoas.
Outro ponto que se relaciona é a preservação da cultura regional. Por ser impulsionada pelos interesses das pessoas, não há como separar os princípios e valores que fazem parte delas. Ou seja, tudo que constrói a identidade da comunidade é também aplicado no dia a dia do trabalho.
Trabalho esse que movimenta a economia e estimula o comércio local, já que os produtos e serviços oferecidos são provenientes das pessoas que fazem parte da comunidade. E isso gera um senso de união ainda maior.
Por fim, e de extrema importância para a economia solidária, temos a promoção da sustentabilidade. As iniciativas e projetos oriundos das comunidades têm, na maioria das vezes, um viés de consumo consciente. Além disso, causam impacto ambiental muito inferior se comparado ao de grandes organizações.
Como fazer parte da economia solidária?
A economia solidária pode parecer um conceito bem distante do nosso dia a dia, mas não é bem assim. Na verdade, podemos encontrar diversos exemplos de aplicação para que você também faça a sua parte.
Um dos exemplos mais fáceis de encontrar são os pequenos e médios produtores de alimentos orgânicos. Eles são mais comuns no interior do Brasil, mas nas grandes cidades já é possível encontrar inciativas bem legais que envolvem essa categoria de comércio. Por exemplo: aplicativos que conectam pessoas e comerciantes e fazem o delivery de produtos orgânicos.
Ao comprar nesses locais, além de consumir um alimento mais saudável e livre de agrotóxicos, você também incentiva o comércio local e a agricultura familiar.
Outro exemplo são as cooperativas de reciclagem. Elas fazem um trabalho bem interessante de coletar o lixo gerado e transformar em algo positivo, gerando emprego e movimentando a economia. Há também as feiras de artesanato, que incentivam o comércio local e geram renda para os moradores.
Centros de tecnologia, cooperativas de coleta seletiva, associação de catadores são outros exemplos de economia solidária aplicada na prática. Fique de olho nos eventos e nas iniciativas que acontecem na sua cidade, pois em diversos municípios existem recursos dedicados à economia solidária e que promovem o desenvolvimento da região.
Além disso, no Fórum Brasileiro de Economia Solidária, você encontra notícias sobre o assunto, novidades sobre esse movimento, bem como os dados de contato do fórum de cada estado para buscar informações mais específicas.
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