O desmatamento na Amazônia

No dia 5 de setembro, foi comemorado o Dia da Amazônia. Essa data coloca em foco os problemas relacionados ao desmatamento na Amazônia, como o impacto que ele traz sobre a biodiversidade do bioma e os efeitos causados na população local. 

Entender os motivos que levam à destruição desse patrimônio mundial do meio ambiente é um dos primeiros passos para reverter esse processo. 

 

A floresta amazônica e sua biodiversidade

Com 7 milhões de , o território da Amazônia se expande por nove países da América Latina: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Quase 80% desse território está localizado em solo brasileiro, o que totaliza mais de 5 milhões de m², área que leva o nome de Amazônia Legal. 

A importância da Amazônia para o Brasil é visível ao considerarmos que cerca de 60% de nosso território pertence a esse bioma e abrange os seguintes estados: Amazonas, Acre, Pará, Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins. 

Além de sua grandeza territorial, a biodiversidade presente na Amazônia é a maior do planeta, com cerca de 40 mil espécies de plantas. Ela também detém a maior bacia hidrográfica e é considerada a maior floresta tropical do mundo. 

Diante da sua magnitude, é coerente que olhares do mundo todo se voltem para a Amazônia, atraindo a atenção de pesquisadores, cientistas e outros grupos que desejam usufruir suas riquezas naturais 

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O recorde de desmatamento em 2022

O início do desmatamento da Amazônia é marcado pela década de 1970, pois, nesse período, parte do território foi ocupado para a construção da Transamazônica, a rodovia que liga os estados do Norte ao restante do país. Nessa época, houve um aumento populacional nas regiões próximas à rodovia e diversas áreas foram tomadas pela agropecuária. Essa ocupação foi subsidiada pelo governo, o que atraiu ainda mais a atenção para o local e contribuiu para a maior expansão agrícola. 

A área desmatada foi tão expressiva – chegou a quase 400 mil km² no fim da década de 1980 – que chamou a atenção de ambientalistas pelo mundo. Foi nessa época que também ocorreu o assassinato do ambientalista e líder sindical Chico Mendes, o que aumentou a pressão sobre o governo brasileiro para conter a exploração desenfreada. Algumas iniciativas surgiram, como o Projeto de Monitoramento do Desmatamento da Amazônia Legal por Satélite (Prodes). Mas, segundo especialistas, as medidas tiveram pouco efeito no controle do desmatamento. 

Nos anos 1990, a plantação de soja se tornou mais expressiva na região Norte e parte do território passou a ser explorado para esse fim. Para trabalhar com essa atividade, grupos de pessoas vindas do Sul e do Sudeste foram para região e houve mais um aumento da população. 

Mais de 20 anos depois, ainda vivemos em um cenário preocupante em relação ao desmatamento na Amazônia e os efeitos causados por ele. Conforme o mapa do desmatamento, realizado pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de agosto de 2021 a julho de 2022, tivemos recorde de desmatamento em 15 anos, comparado a outros anos durante o mesmo período. 

Foram 10.781 km² de área desmatada em 2022. Unindo os dados do ano passado, temos um total de mais de 21 mil km². Esse número equivale a quase o mesmo território de Sergipe, segundo o Imazon. Um dos principais motivos é a agropecuária. A partir do estudo do MapBiomas, 99% das terras desmatadas entre 1985 e 2020 foram usadas para a criação de gado. 

desmatamento na amazônia

 

Consequências do desmatamento na Amazônia

Como principais consequências para a região, temos o desequilíbrio ambiental, a extinção de espécies de animais e a violência contra as populações locais. As atividades econômicas comprometem as principais formas de sustento dos ribeirinhos e dos povos indígenas. Isso sem contar os confrontos violentos que ocorrem entre essas comunidades e os responsáveis pelo desmatamento ilegal. 

Além de afetar quem vive próximo aos locais de exploração, o desmatamento na Amazônia está relacionado a diversos outros problemas que vivenciamos atualmente. As mudanças climáticas, o aquecimento global e a perda da biodiversidade são somente alguns deles. 

O aumento das doenças de origem animal, como o coronavírus, também é uma consequência do desmatamento. Com a expansão agropecuária, grandes territórios são queimados ilegalmente. A fumaça proveniente das queimadas, além de poluir o ar atmosférico, causa doenças respiratórias e afeta o clima. 

Observando esse panorama crítico, fica ainda mais evidente o quanto devemos repensar a maneira com que exploramos o bioma amazônico e criar alternativas que diminuam o desmatamento na região. 


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